Todo mundo hoje em dia conhece a trágica
história do “maior navio do mundo” que, ao se chocar com um iceberg, acabou
afundando no Atlântico Norte, na noite do dia 15 de abril de 1912.
Esse fato real acabou se tornando mais conhecido ainda, graças principalmente a
monumental película dirigida e produzida por James Cameron, em 1997, um sucesso
absoluto de público e de crítica, tendo obtido o record em indicações e estatuetas
obtidas.
Mas muito antes da aclamada película de James
Cameron, outros tantos filmes deram a sua versão acerca do ocorrido, sendo o
primeiro deles inclusive, filmado dias após a tragédia, demonstrando o quanto o
evento chocou a todos, e de outra maneira, como de imediato se tornou um
“enredo” apreciável pela industria do Cinema.
Assim foi então que 29 dias após o naufrágio,
foi produzido o curta-metragem mudo “Salva do Titanic”(1912), do diretor
Etienne Arnnaud, de apenas dez minutos, que conta a história de Dorothy Gibson,
uma atriz que realmente estava no Titanic, mas conseguiu salvar-se, de modo
que, em tal película, interpretou a si mesma.
No mesmo ano de 1912, outra película sobre a
tragédia também foi produzida. O Filme “Na Noite e no Gelo”, dirigido por Mime
Misu, também se apresentou como um curta-metragem com pouco mais de 30 minutos,
destinado a descrever os minutos filmes da tragédia, em suma, o choque do
Titanic com o iceberg e o seu afundamento.
30 anos se passaram então até que um novo
filme fosse produzido sobre a tragédia do Titanic, quando no ano de 1943, foi
produzido o primeiro longa-metragem falado, intitulado “Titanic”, de direção de
Herbet Selpin. No entanto, a película acabou sendo proibida no pós-segunda
guerra, pois, tal produção alemã acabava por fazer uma propaganda ao regime
nazista e uma ácida crítica ao governo inglês no decorrer do desenvolvimento do
filme.
Dez anos após, o “Titanic” desembarca em
Hollywood. Foi apenas em 1953, que o tema foi apropriado pelo Cinema Norte-
Americano com a produção da película “Titanic” do diretor Jean Negulesco,
produção esta que contou com várias estrelas do cinema americano como Barbara
Stanwyck e Thelma Ritter. No entanto, a película ficaria famosa também pela
“enorme liberdade poética e histórica” na qual o filme foi produzido, em outras
palavras, pela grande quantidade de erros históricos.
Em 1958, uma outra película foi levada as
telas: “Somente Deus por Testemunha”, de direção de Roy Baker, também procurou
dar a sua versão frente ao ocorrido. Outras tantas películas se seguiram, como “S.O.S
Titanic” (1979), “O Resgate do Titanic” (1980), etc.
No entanto, não há duvidas de que a grande
película sobre este trágico evento seja a película “Titanic”, dirigida e
produzida por James Cameron em 1997, um grande sucesso de público e de
críticas. Na película, o romanceado casal Jack Dawson, um rapaz pobre, e Rose
deWitt, uma moça da aristocracia, vivem raros momentos de amor até a separação
frente ao iceberg. A monstruosa película recebeu 14 indicações ao Óscar, tendo
vencido em 11 categorias, uma delas, obviamente, a de “Melhores efeitos
especiais” e “Melhor Fotografia”.
Titanic, dir.James Cameron, 1997. |
Ainda hoje muitos filmes e series continuam
a ser produzidos sobre a tragédia do Titanic. Muito em conta do seu “apelo
trágico” e pela capacidade de se colocar como um “bom pano de fundo” de
romances impossíveis.
Ass. Rafael Prata
Mestrando em História na Universidade Federal
de Sergipe
O Titanic de 1997 é a mais famosa adaptação, mas não podemos esquecer as que vieram antes. Gosto especialmente da de 1953. Barbara Stanwyck quase teve um colapso nervoso ao filmar o naufrágio.
ResponderExcluirGostei muito do post. Abraços!