Imaginem
um grupo de crianças sobrevivendo, sem a supervisão e atuação dos adultos, em
meio a uma floresta localizada em uma ilha deserta. A Premissa parece um clichê
clássico e banal de algo do tipo “A Lagoa Azul”. Mas não é esse o caso do livro
“O Senhor das Moscas”, escrito em
1954 por William Golding, e transposto para o Cinema logo em 1963.
Tanto
o livro como o filme descrevem a trajetória de um grupo de crianças de um colégio interno que, após a queda de um avião, passam a viver por conta própria
em uma ilha deserta, tendo estas mesmas que criarem suas próprias leis, seus métodos de convivência longe da dita sociedade racional.
O
resultado é o esperado: não demora muito para que se crie um clima de extrema selvageria,
na qual a violência e a imposição imperam na nova situação dominante. O próprio
titulo da obra, “O Senhor das Moscas”, faz uma alusão a Belzebu, o espírito do
mal contido na Bíblia.
As
crianças passam a se digladiar em torno de dois grupos: o de Ralph, que para
alguns simboliza o sentido democrático, e o de Jack, que para outros simboliza
o autoritarismo. É bom mencionar que a obra é escrita na sombra dos escombros
da segunda guerra mundial, ou seja, em meio as dores do Holocausto, da
destruição provocada por esse período nefasto.
A
película produzida em 1963, ou seja, pouco menos de dez anos depois da escrita
do livro, consegue levar as telas boa parte do conteúdo moral da obra de
Golding. Vale a pena ler tanto a obra, como assistir ao respectivo filme!
Ass:
Rafael Costa Prata
Graduado
em História pela Universidade Federal de Sergipe
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