Se considerarmos o dia 28 de
dezembro de 1895, momento em que os irmãos Lumiere projetaram o primeiro rolo
cinematográfico no Grand Café de Paris, podemos concluir que o Cinema até que
chegou muito rápido ao nosso país. Isso porque aponta-se que a primeira exibição
de filme ocorrida por aqui teria ocorrido no dia 8 de julho de 1896, ou seja,
pouco mais que seis meses do furor causado em Paris.
E se por aqui chegou se deve a um exibidor
itinerante, o belga Henrie Paillie, que aportou em terras cariocas, trazendo
consigo o maquinário e um rolo com oito minutos de filmagem contendo imagens do
cotidiano de pessoas na Europa.
Conforme os especialistas, a
primeira exibição desse rolo teria ocorrido em uma sala alugada do Jornal do
Commercio, na Rua do Ouvidor, no Centro do Rio de Janeiro. Lá, esse pequeno
rolo de oito minutos foi exibido por quase duas semanas para, obviamente, já
que o belga era um exibidor itinerante, a população mais abastada.
Assim, com seu “valioso rolo
de oito minutos”, Paillie conseguiu ganhar muito dinheiro, pois os ingressos
eram caros, vendo sua “empresa” de exibidor itinerante atingir os lucros que
pensara com a nova arte que surgira.
Apesar de restrita aos ricos, a
exibição desse pequeno rolo causou tanto rebuliço que, pouco mais de um ano
depois, portanto em 1897, já se podia encontrar em terreno fixo, a primeira
sala de Cinema do nosso país, chamada “Salão de Novidades Paris” de propriedade
do empresário italiano Paschoal Seghetho, que passaria a reproduzir, como está
claro em sua alcunha, as principais novidades cinematográficas oriundas de
Paris.
E assim chegou o Cinema em terra
tupiniquim...
Ass: Rafael Costa Prata
Mestrando em História pela
Universidade Federal de Sergipe
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