Todo mundo conhece as atrocidades cometidas pelos
nazistas em seus campos de concentração durante a segunda guerra mundial.
Auschwitz, localizado ao sul da Polônia, foi um dentre tantos campos no qual se
realizaram uma série de barbáries contra os judeus, homossexuais, ciganos, e
etc.
Num dos complexos que formava a rede Auschwitz-Birkenau,
operava o “Anjo da Morte”. Tratava-se de Josef Mengele, o oficial médico chefe
daquele complexo. Ali, Menguele efetuaria uma série de atrocidades frente a uma
série de cobaias vivas. Injeção de tinta de caneta nos olhos, desmembramento de
corpos vivos, testes com gêmeos (sua fixação), e etc. A lista das atrocidades
cometida por Menguele é interminável, assim como a de todo o corpo do nazismo.
Infelizmente, ao que parece, tais condutas não foram
exclusivas deste nefasto médico nazista, uma vez que naquele mesmo momento, a
mesma conduta era realizada pelo microbiólogo japonês Shiro Ishii, conhecido
como o “Mengele Japonês” por conta das atrocidades que cometera durante a chamada
guerra sino-japonesa (1937-1945).
Shiro Ishii: o "Josef Menguele Japonês" |
Comandando a Unidade 731 do Exército Imperial
Japonês, oficialmente conhecida como o
Departamento de Prevenção de epidemias e purificação da água, o microbiólogo acabou por realizar uma cadeia de atrocidades indescritíveis.
Fotografia áerea da Unidade 731 |
Utilizando-se de presos de guerra soviéticos, filipinos
e de outras nacionalidades, os cientistas de Shiro Ishii realizaram
vivissecções de pessoas vivas, retirando-lhes os órgãos, sem anestesia, para
testar a resistência daqueles até a hora da morte. Colocavam pessoas sob
condições absurdas de temperatura, em câmaras de descompressão, e etc. Ademais,
introduziam nas pessoas doenças como tifo, cólera, peste bubônica e etc.
Os Cientistas de Shiri Ishii em um de seus nefastos experimentos |
Tudo isso foi levado as telas na fortíssima película “Campo 731 – Bactérias, a maldade humana”,
uma produção chinesa de 1988. Nesta película, são “reconstruídas” uma grande
parte dos experimentos realizados neste campo de concentração japonês com uma
verosimilhança que assusta e provoca ânsias de vomito. Certamente não é um
filme fácil de se assistir. O triste é imaginar que trata-se de algo que
acontecera realmente.
"731: Bactérias, a maldade humana (1988)" |
Após a segunda guerra mundial, tais atrocidades acabaram
sendo acobertadas por um longo tempo, mas as barbáries de Shiro Ishii e de seus
cientistas na Unidade 731 lentamente foram descobertas.
Ass. Rafael Prata
Mestrando em História na Universidade Federal de Sergipe
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