sexta-feira, 22 de maio de 2015

Shiro Ishii e a Unidade 731: a nefasta história da “Auschwitz asiática” e do seu “Josef Mengele Japonês ”.


Todo mundo conhece as atrocidades cometidas pelos nazistas em seus campos de concentração durante a segunda guerra mundial. Auschwitz, localizado ao sul da Polônia, foi um dentre tantos campos no qual se realizaram uma série de barbáries contra os judeus, homossexuais, ciganos, e etc.
Num dos complexos que formava a rede Auschwitz-Birkenau, operava o “Anjo da Morte”. Tratava-se de Josef Mengele, o oficial médico chefe daquele complexo. Ali, Menguele efetuaria uma série de atrocidades frente a uma série de cobaias vivas. Injeção de tinta de caneta nos olhos, desmembramento de corpos vivos, testes com gêmeos (sua fixação), e etc. A lista das atrocidades cometida por Menguele é interminável, assim como a de todo o corpo do nazismo.
Infelizmente, ao que parece, tais condutas não foram exclusivas deste nefasto médico nazista, uma vez que naquele mesmo momento, a mesma conduta era realizada pelo microbiólogo japonês Shiro Ishii, conhecido como o “Mengele Japonês” por conta das atrocidades que cometera durante a chamada guerra sino-japonesa (1937-1945).

Shiro Ishii: o "Josef Menguele Japonês"

Comandando a Unidade 731 do Exército Imperial Japonês,  oficialmente conhecida como o Departamento de Prevenção de epidemias e purificação da água, o microbiólogo acabou por realizar uma cadeia de atrocidades indescritíveis.

Fotografia áerea da Unidade 731

Utilizando-se de presos de guerra soviéticos, filipinos e de outras nacionalidades, os cientistas de Shiro Ishii realizaram vivissecções de pessoas vivas, retirando-lhes os órgãos, sem anestesia, para testar a resistência daqueles até a hora da morte. Colocavam pessoas sob condições absurdas de temperatura, em câmaras de descompressão, e etc. Ademais, introduziam nas pessoas doenças como tifo, cólera, peste bubônica e etc.

Os Cientistas de Shiri Ishii em um de seus nefastos experimentos


Tudo isso foi levado as telas na fortíssima película “Campo 731 – Bactérias, a maldade humana”, uma produção chinesa de 1988. Nesta película, são “reconstruídas” uma grande parte dos experimentos realizados neste campo de concentração japonês com uma verosimilhança que assusta e provoca ânsias de vomito. Certamente não é um filme fácil de se assistir. O triste é imaginar que trata-se de algo que acontecera realmente.

"731: Bactérias, a maldade humana (1988)"

Após a segunda guerra mundial, tais atrocidades acabaram sendo acobertadas por um longo tempo, mas as barbáries de Shiro Ishii e de seus cientistas na Unidade 731 lentamente foram descobertas.

Ass. Rafael Prata

Mestrando em História na Universidade Federal de Sergipe

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