sexta-feira, 25 de julho de 2014

Uma belíssima cientista oriunda do Cinema: Hedy Lamarr e sua "invenção do telefone celular"

Se hoje podemos acessar a Internet em qualquer ponto remoto, por meio do WI-FI, devemos agradecer a atriz Hedy Lamarr.  Aqueles que porventura quase sempre se “perdem” e por isso necessitam de um GPS para se locomoverem, também devem agradecer enormemente a Hedy Lamarr. Aliás, devemos todos agradecer a Hedy Lamarr, porque sem suas contribuições a tecnologia não teria hoje em dia, os nossos celulares. Sim, estou falando realmente de uma atriz de cinema, pois, além de suas contribuições a sétima arte, Hedy Lamarr foi uma grande inventora.
Nascida em Viena, na Áustria, em 1914, Hedy foi uma grande estrela durante todo os anos 1930, tendo ficado marcada na história do Cinema, por sua ousadia, ao ter participado daquela que é considerada a primeira cena de nudez da história do Cinema, na película “Êxtase” do ano de 1933. Na película, a jovem atriz de 19 anos, aparece parcialmente nua, e em uma das cenas, chega até a induzir que está tendo um orgasmo. Obviamente que a película causou enorme estardalhaço por conta do conservadorismo de então, e a atriz, acabou entrando para a História do Cinema Mundial.

Hedy Lammar em "Êxtase": sua nudez causou um enorme rebuliço. 

Mas a carreira de Hedy não se limitou apenas a “Êxtase”. Após essa película, a belíssima atriz continuou atuando até os finais dos anos 1950, quando resolveu abandonar a carreira.
Foi durante a Segunda Guerra Mundial que Hedy Lammar “descobriu” suas habilidades tecnológicas, quando, junto com o compositor George Antheil, trabalhou para o sistema de comunicações das Forças Armadas Americanas, tendo nesse período, desenvolvido uma tecnologia a que chamou “salto de frequência”, baseado nas ondas de som emitidas pelas teclas de um piano.
Lammar inventara assim um aparelho que emitia ondas que conseguiam produzir uma interferência no rádio dos aviões e navios de guerra dos americanos frente aos alemães, de modo que, as informações passadas não eram captadas pelos nazistas. No entanto, seu sistema foi rejeitado e engavetado, só sendo utilizado muitos anos após a Guerra, pelas tropas americanas em Cuba, durante os anos 1960.

Hedy e seus "inventos": a serviço das forças armadas americanas

A belíssima atriz – inventora faleceu em 19 de janeiro de 2000, aos 85 anos de idade. Mas antes disso, em 1997, recebeu do Governo norte-americano, uma menção honrosa por “abrir novos caminhos na fronteira da eletrônica”.  A atriz que já marcara a história do Cinema por sua “ousadia” em “Êxtase”, entrara assim para a História como a “mãe do telefone celular, do GPS, e do WI-FI”, haja vista que sua tecnologia serviu de sistema base na composição de tais mecanismos.

Att. Rafael Prata

Mestrando em História pela Universidade Federal de Sergipe

domingo, 20 de julho de 2014

Abraham Lincoln nas telas do Cinema: a indústria cinematográfica americana e suas versões sobre o símbolo político americano

Um dos grandes símbolos da história política norte-americana, se não a maior, Abraham Lincoln, marcou a história americana, tendo participado ativamente do processo que levou a abolição da escravatura naquele país durante a década de 60 do século XIX, quando em setembro de 1862, assinou a Proclamação de Emancipação, em meio aos combates da chamada guerra civil americana, na qual lutavam os estados confederados do Sul (contrários à abolição) e a União (a favor).
Só por esta grande contribuição política, Lincoln figuraria no panteão das grandes personalidades históricas norte-americanas. No entanto, um triste acontecimento o levaria mais rapidamente e de vez ao grande panteão dos lideres políticos: seu assassinato. Assim, no dia 14 de abril de 1865, o ator teatral John Wilkes Booth, de orientação sulista confederada, sobe até o camarote em que se encontrava o Presidente, no Teatro Ford em Washington, dá um tiro na nuca de Lincoln, matando-o imediatamente.
Triste sina, aliás, dos presidentes norte- americanos. Pouco mais de cem anos depois, outra grande liderança teria o mesmo fim em uma passeata: John Kennedy, em novembro de 1963, morreria assassinado, também por tiros, em mãos de Lee Oswald.
Mas enfim, uma grande personalidade política americana como Lincoln, obviamente não ficaria a margem da indústria do Cinema, haja vista que, uma grande personalidade local, talvez a maior delas, representaria sucesso imediato de público.
Foi assim que, já nos primeiros séculos do Cinema, que Lincoln chegou às telas por meio daquele que é considerado um dos maiores cineastas de todos os tempos: D.W. Griffith. A película “Abraham Lincoln”, do ano de 1930, recria assim desde a suposta infância de Lincoln, passando por sua atividade política, até o seu assassinato. Obviamente que se apresenta como um grande filme patriótico, destinado a louvar não só a imagem de Lincoln, como também de ligar à essência americana a imagem deste, nos seus pouco mais 90 minutos de exibição.

"Abraham Lincoln", 1930, dir. D.W.Griffith.

Em 1939, outro grande cineasta norte-americano, John Ford, daria a sua “contribuição”, apresentando a sua versão da vida de Lincoln aos americanos, por meio do Cinema. O filme “A Mocidade de Lincoln”, porém, como o próprio título informa, procura centralizar suas ações na carreira de Lincoln como advogado nos anos 1830, procurando demonstrar seus valores, seus ideais e seu senso de justiça.

"A Mocidade de Lincoln", 1939, dir. John Ford.

Um ano depois, o cineasta John Cromwell, também leva as telas uma película voltada a Lincoln; a película “O Libertador”, também reconstrói fatos da infância de Lincoln, passando por sua carreira como advogado, até chegar aos seus atos como presidente, e seu fim derradeiro no assassinato.

"O Libertador", 1940, dir. John Cromwell.

Passado esse período de enorme apropriação da figura de Lincoln, sua figura permaneceu esquecida por um bom tempo. No entanto, em 2012, Lincoln ressurge em duas películas: “Abraham Lincoln, caçador de vampiros” e “Lincoln”.
O primeiro se apresenta como um curioso filme de ação/terror, na qual Abraham Lincoln se torna um destemido herói, que por detrás de sua carreira política, é também um hábil caçador de vampiros. Lincoln se torna uma espécie de Van Helsing da Guerra da Secessão.

"Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros, 2012, dir. Timur Bekmambetov"


O segundo filme, muito mais destacado, se apresenta como um grande épico patriótico dirigido por Steven Spielberg, que centraliza sua narrativa nos esforços de Lincoln para fazer aprovar uma emenda na constituição americana que formalmente significaria a abolição da escravatura no país, e todos os esforços, choques políticos, decorrentes de tal ação. O filme conta com um elenco estrelado, com enorme destaque para a atuação fabulosa de Daniel Day-Lewis no papel do próprio Lincoln. O Filme obteve 13 indicações ao Oscar, tendo levado a estatueta em “Melhor Ator” para Daniel Day-Lewis e “Melhor designer de produção”.


"Lincoln, 2012, dir. Steven Spielberg"

Novas películas serão produzidas. Novas releituras da vida e da personagem histórica Abraham Lincoln. Reiteradamente a indústria do Cinema, em destaque a americana, tem oferecido suas versões acerca desse símbolo norte-americano, quase sempre é claro, sob uma perspectiva patriótica.

Att. Rafael Prata
Mestrando em História na Universidade Federal de Sergipe

terça-feira, 8 de julho de 2014

Um furacão entre dois irmãos: Marilyn Monroe e os irmãos Kennedy

Até hoje há quem diga que Marilyn não se matou. Para alguns, Marilyn foi “apagada” por questões políticas. Sua morte teria sido fruto assim de um assassinato e não da versão usual de suicídio por abuso de remédios. Eis uma das grandes e mais conhecidas teorias da conspiração envolvendo personalidades artísticas e da política.
Fato é que em vida, o furacão Marilyn arrancou suspiros de uma quantidade infindável de grandes personalidades de sua época, tendo se envolvido então com figuras proeminentes não só do seio cinematográfico, como da política norte-americana. Assim, a base dessa dita teoria da conspiração se encontra nos supostos relacionamentos – supostos sim, porque de todo ainda não foi comprovado – entre Marylin e os irmãos Kennedy, Bob e John Kennedy.

John Kennedy, Marilyn Monroe e Bob Kennedy

Deste modo, por “questões de segurança”, Marilyn teria sido assassinada, pois saberia de muitas questões da política nacional e externa americana, haja vista que, no pé da cama, ambos os Kennedy, em destaque John Kennedy, até então o presidente americano, teria lhe contado muitas questões sigilosas.
Marilyn teria tido um romance oculto com John Kennedy por cerca de seis anos. Romance sempre vigiado é claro pela CIA e FBI, que procurava manter tudo às escondidas para não manchar a imagem do querido presidente norte-americano. Ambos os Kennedy foram homens bastante mulherengos, e por detrás da imagem de pai de família que residia na figura do presidente Kennedy, havia um homem que traia constantemente sua esposa Jacqueline Kennedy, fato que preocupava demais a CIA.
Teorias da conspiração e lendas a parte, a morte de Marilyn continua ainda hoje um grande mistério. Assim como a morte do próprio John Kennedy. Em vida, aquelas duas grandes personalidades tiveram um rápido relacionamento que rende até hoje uma série de biografias, estudos, filmes/documentários.

Att. Rafael Costa Prata
Mestrando em História pela Universidade Federal de Sergipe
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...