quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A Noite dos Mortos Vivos (1968): Uma incisiva critica ao Racismo por detrás de um filme de terror


       Quando o jovem cineasta George Romero – que tinha 28 anos à época da produção do filme - iniciou o projeto de produção de “A Noite dos Mortos Vivos” pretendia que sua película fosse mais do que um mero filme de terror sobre zumbis comedores de carne humana.
    Pretendia impactar de todas as formas, desde o caractere artístico até o conteúdo moral do filme. E conseguiu. O Filme, além de revolucionar o gênero do terror, sendo um dos primeiros a demonstrar com crueza, uma violência atípica para os filmes do gênero a época – o terror até aquele momento era velado, sugestivo, um suspense na verdade – com cenas de sanguinolência, fartura de carne humana em decomposição servindo como alimento para os mortos viventes.
         Enfim, só por esta questão, a película inovou. Dentro do gênero “terror”, George Romero trouxe o sangue, a carnificina, se tornando então o molde não somente para os filmes de “zumbi” que se tornariam febre dali em diante, mas como também a qualquer outro filme de terror.
         Entretanto, a qualidade da obra vai muito além desse quesito “artístico”. A Película, como tem sido apontada pela critica cinematográfica especializada, inova ao se apresentar como de grande teor subversivo no que tange a montagem de seu enredo, a apresentação dos caminhos de sua história.
         E isso se torna verdadeiramente evidente quando assistimos ao filme. Ao narrar à história de uma moça que vai a um cemitério, e não mais que de repente, se vê seguida por mortos que andam, tendo que acorrer a uma casa abandonada, o filme coloca então como personagens principais da película, além da moça citada, um jovem negro que aparece para socorrê-la.

     Dentre as inúmeras “subversões” que o filme apresenta, é esta que pretendo destacar nessa postagem: o protagonismo do personagem Ben, interpretado por Duane Jones.
       O Negro que irrompe para socorrer a jovem Barbara pode ser entendido como um símbolo da luta racial nos anos 1960, e essa questão perpassa subliminarmente todo o filme, pois é a incapacidade de união entre as “duas raças” – brancos e negros – a grande problemática do filme, que explica por sinal, o final apocalíptico e desastroso do mesmo.
         Os mortos do filme são bastante lentos. E são pouco numerosos. O que explicaria a dificuldade encontrada pelos vivos na hora da fuga?! Justamente essa incapacidade de aliança.
         O Filme se desenrola dentro de uma casa no campo, na qual, além da jovem Barbara e do personagem Ben, estão presentes uma família composta por um homem branco racista, sua esposa e sua filha “adoentada” que foi mordida por um dos mortos.

     É nesse tom que o filme se desenrola: mortos lentos cercando a casa, sem apresentar um risco tão aparente. Pessoas discutindo dentro da casa, sem conseguir em momento algum, por em prática um pingo de aliança que bastaria para que aqueles saíssem sãos e salvos daquele recinto.
         E isso se dá por conta justamente do racismo que perpassa as ações do homem branco racista, que impede que o grupo se fortaleça e consiga sair daquela situação. A resposta ao seu racismo é apresentada pelo próprio filme como uma resposta nefasta a esse seu “caractere” de caráter: é morto ao ser atacado por sua filha “adoentada”, quando procura se trancar em um porão com sua família.
         Quando ao negro Ben e a jovem Barbara, são estes os únicos que conseguem sobreviver. Mas é aqui que reside o ponto mais acachapante da película, a critica mais forte efetuada por Romero; o personagem Ben é “confundido” com um zumbi por um membro de um esquadrão de extermínio de zumbis, sendo morto após praticamente toda uma saga por sobrevivência.
         É uma morte fria, crua, um tiro certeiro na testa. Romero deixa em aberto à questão: houve realmente uma confusão ou a morte foi efetuada por puro racismo?! Enfim, perguntas a se refletir.

       Ao fim, George Romero procura novamente demonstrar como o racismo é um mal a ser combatido, que dentre outras coisas, impede a boa convivência e a capacidade de associação entre as pessoas, ao demonstrar como aqueles zumbis – lentos e fracos – foram facilmente dominados por esse pequeno grupo de extermínio.
         Muito além do que um simples filmes de terror, a pelicula soube assim trabalhar uma característica bastante corriqueira não só da realidade norte – americana dos anos 1960, mas como também dos dias atuais, que é o racismo. Romero tem o mérito assim de conseguir impactar a sociedade norte – americana através de um gênero pouco cultuado a época, que era o terror.

Ass: Rafael Costa Prata
Graduando em História pela Universidade Federal de Sergipe

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mario Monicelli (1915 - 2010): Uma vida inteiramente dedicada ao Cinema



         Durante as segundas feiras de março de 2013, será realizado o curso de extensão A Idade Média de Mario Monicelli: A Saga de Brancaleone” no Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe, sob a coordenação do Prof. Msc. Bruno Gonçalves Alvaro.
         Uma ótima oportunidade para conhecer um pouco mais da filmografia desse genial cineasta italiano, e de outro modo, perceber também como suas películas podem servir como bons instrumentos didáticos, na construção do ensino em sala de aula.
         No caso do curso que será ministrado, em destaque aparecerão às películas “O Incrível Exercito de Brancaleone” (1968) e “Brancaleone nas Cruzadas” (1970), no intuito de compreender, entre outras questões, o modo como a Idade Média é representada por Monicelli nas películas em questão.
       Os dois filmes em questão são considerados os maiores sucessos de critica deste cineasta de longuíssima contribuição e produtividade para o Cinema italiano, em destaque, as produções pertencentes à chamada “comedia a italiana”, na qual é considerado o maior realizador.
         Nascido em maio de 1915, em Roma, Mario Monicelli frequentou o Liceu Clássico Giosué Carducci durante a sua adolescência, formando-se em História e Filosofia por aquela instituição. Foi durante este período de ensino, portanto, que Monicelli tivera a chance de entrar em contato com inúmeras obras, em grande parte clássicos da literatura medieval e renascentista italiana, na qual vai “beber” a inspiração que dará corpo a inúmeras de suas películas, em especial a sua visão de Medievo contida nos filmes “Brancaleone”.
         A “Commedia all italiana”, a qual pertencia Monicelli, se caracterizava por ser um gênero fílmico cujas películas procuravam satirizar através da comedia, a realidade italiana do pós – guerra. Desviando o olhar para a ascensão de uma burguesia italiana no pós – 1945, os filmes passam a refletir sobre os anseios, os medos e as decepções de uma sociedade italiana que procurava entrar nos caminhos da reconstrução, com certo medo de olhar ao seu passado recente.
         Mario Monicelli foi um deles. No decorrer dos anos 1950, a década de suas ascensão como cineasta, passa a produzir e dirigir películas com esse tipo de reflexão. Sua película “La Grande Guerra”, de 1959, é paradigmática nesse sentido; nesta, Monicelli entrega a sua visão sobre aquele evento bélico que devastou o mundo. O Resultado obtido foi à aclamação da crítica, o que lhe rendeu o Leão de Ouro do Festival Internacional de Veneza, e uma indicação ao Oscar como melhor filme estrangeiro.

        Em toda a sua carreira, Monicelli procurou trabalhar sempre com um panteão de grandíssimos atores e atrizes, uma espécie de seleção a quem sempre recorria na produção de suas películas; em destaque, atrizes como Sophia Loren e atores como Marcello Mastroianni e Vittorio Gassman ( imortalizado como o protagonista Brancaleone), este último talvez, o maior companheiro de Monicelli em suas empreitadas.
         Em 1963, Monicelli lança uma obra dramática que lhe renderia no mesmo ano à indicação de melhor roteiro original no que tange ao Oscar; Em “Os Companheiros”, o cineasta nos conta a história de um professor – interpretado por Marcello Mastroianni – que passa a liderar um grupo de funcionários de uma empresa têxtil do século XIX frente a uma revolução, a fim de obter melhores condições de trabalho.

         Entretanto, os anos 1960 foi indubitavelmente marcado pela apresentação, no ano de 1966, de sua surreal película “O Incrível Exercito de Brancaleone” que surpreendeu a todos não somente pela ousadia temática, mas como também qualidade artística e de reflexão histórica imposta ao filme.
         O Sucesso do primeiro garantiu além de uma enormidade de criticas positivas, a oportunidade a Monicelli da produção de uma segunda película em continuidade, chamada “Brancaleone nas Cruzadas”, produzida em 1970.
         Através de uma “Idade Média Fantasiada”, Monicelli nos leva a saga do esfarrapado cavaleiro Brancaleone da Norccia em busca da gloria, de façanhas, em aventuras que se passam em um período de cruzadas, de querelas entre papas, de torneios entre cavaleiros, no furor da peste negra, e etc.
         O Resultado obtido é fantástico, pois além de discutir com bastante propriedade uma serie de estruturas medievais – como o sentido da honra para os cavaleiros medievais, a virgindade para as mulheres, as brigas entre o papado na Idade Média Central – através de sátiras, caricaturas, a película consegue também de outro modo, refletir sobre a realidade italiana – e porque não dizer mundial – do pós-guerra.

         Um exemplo nesse sentido, conforme Giulia Crippa, pode ser encontrado no papel do mercador judeu Abacuc. Personagem do primeiro filme, Abacuc, construído como um avido judeu, a personagem acaba por falecer por conta de uma intolerância religiosa. Ao passar por uma ponte, Abacuc encontra um missionário cristão que o obriga a se batizar naquele rio. O Resultado: Abacuc é batizado, mas acaba falecendo por conta de uma gripe contraída no mergulho.
         Uma situação que encontra respaldo num passado recente: a intolerância em tempos de guerra; os nefastos campos de concentração, o holocausto judaico. Daí que, como qualquer outra película, estas apresentam a grande riqueza de tanto falarem de um passado histórico como também do presente em curso. Com certeza, eis a grande riqueza do Cinema, sua dimensão nestes dois sentidos.
         Enfim, Monicelli se aventuraria novamente dentro de um “espaço medieval” em outra película chamada “Bertoldo, Bertoldino e Cacasenno”. Em mais de 50 anos de carreira, este cineasta deixou uma enormidade de películas de grande valor artístico e histórico. Infelizmente, encontrou a morte em uma situação que contraria a sua vida de “produtor de sorrisos”; após desenvolver um câncer de próstata, Mario Monicelli foi internado no Hospital San Giovanni em Roma, onde faleceu em novembro de 2010, aos 95 anos, ao pular da janela do quarto andar, por não aguentar mais os sofrimentos e as limitações impostas pela doença.

       Foi-se o corpo, mas o riso continua sacralizado em suas obras. Branca Branca Branca! Leone! Leone! Leone! Viva Monicelli! E não se esqueçam! Em Março de 2013! Curso de Extensão " A Idade Média de Mario Monicelli: A Saga de Brancaleone" no Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe

Ass: Rafael Costa Prata
Graduando em História pela Universidade Federal de Sergipe

domingo, 21 de outubro de 2012

A Magia do Trem no Cinema: A história do sucesso começa nos trilhos de uma estação...


          50 segundos.  Menos do que 1 minuto. Foi o tempo exato do susto das pessoas, que aos gritos, procuravam a saída mais próxima daquele porão.  Era um porão de um salão de café em Paris, no remoto dia 28 de dezembro de 1895. E o susto tem como culpados os irmãos Lumiere, que naquela noite, demonstravam ao público que ali se apinhava, aquela que é considerada a primeira projeção cinematográfica da História.

         Custando um franco, as pessoas tiveram a oportunidade de conferir a filmagem de um trem chegando ao seu destino, sua estação, naquele pequeno curto intitulado “A Chegada do Trem na Estação”. E com isso, se assustaram, pois a impressão causada era a de que o trem estava disposto a invadir a sala de projeção.
         Após o susto, a admiração. O Cinema. O Trem. Eis uma relação antiga e aclamada em Hollywood. Desde suas origens, portanto, até os dias atuais, ainda que a “era de ouro” desse meio locomotivo já tenha passado.
         Quem teve a oportunidade de assistir a película “Hugo” (2011) do diretor Martin Scorsese, pode visualizar o dito “susto” e o fascínio que as pessoas no inicio do século XX nutriam pelos trens. Eram parte pratica da vida daquelas pessoas que, como afirma o historiador Jean Pierre Fichou, sempre tiveram como um de seus princípios o chamado “Fator movimento”, um dispositivo que fez com que, historicamente, dos colonos desbravadores até os modernos criadores dos carros, orientassem suas vidas no sentido do encurtamento do tempo e do espaço.
         Aquela altura, o principio do século XX, quando os carros ainda não eram acessíveis a todos, o trem era então o meio de locomoção mais popular, e por isso então o mais querido por todos.
         Coube ao Cinema então, popularizar ainda mais esse meio de locomoção, levando películas a tela com envolvimento direto com o mesmo. Poderíamos citar inúmeros filmes que se passam dentro de trens, ou cuja temática perpassa diretamente pelos mesmos, em alguns casos até, na qual os trens passam até a desempenhar praticamente um papel de protagonismo na película, mas a titulo de curiosidade, citaremos apenas alguns casos.

        Talvez o exemplo mais paradigmático que possa ser dito, é aquela oferecida pela película “A General” (1926) do grandioso comediante Buster Keaton, na qual, o trem exerce praticamente um protagonismo dentro da história. Buster Keaton, que interpreta o trapalhado maquinista Johny Gray, nos leva a uma peculiar versão em torno da guerra civil americana, na qual somos apresentados aos conflitos, através da perspectiva do movimento: percorremos Norte e Sul dos Estados Unidos por meio da “menina dos olhos” de Gray, o seu trem de nome “A General”, que é praticamente uma personagem importantíssima na película, sem a qual o filme não teria sentido.

         
    Voltando um pouco mais atrás, quase dez anos após a projeção dos irmãos Lumiere, encontramos também aquele que é considerado o primeiro grande “western” da história do Cinema, a película “O Grande roubo de Trem” (1903) dirigido por Edwin Potter, com duração de 12 minutos, na qual somos levados a uma breve historia de um assalto feito por ladrões de comboios. É talvez o primeiro grande filme de ação da história.

         Enfim, como dito, outros tantos sido citados, pois certamente a História do Cinema americano perpassa antes de tudo pelos trilhos de uma estação e pela locomoção de seus trens. 

Ass: Rafael Costa Prata
Graduando em História pela Universidade Federal de Sergipe

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sidney Poitier: Uma trajetória de superação frente ao preconceito racial



     Certamente, um dos grandes momentos da vasta carreira de Sidney Poitier foi a sua interpretação na película “Ao Mestre com Carinho”.  Este filme dirigido por James Clavell no ano de 1966, conta a história de um abnegado professor que se recusa a desistir de seu maior sonho: transformar a vida de estudantes de uma escola da periferia. Enfrentando de frente as barreiras e os problemas impostos por aquela difícil realidade, lentamente vai galgando espaços nos corações dos alunos, e ao fim, consegue atingir seus propósitos.
            Trata-se então de um belíssimo filme que até hoje emociona aqueles que procuram assisti-lo. A atuação de Poitier é incomensurável, a sua capacidade de entrega ao personagem é absurda, conferindo um caráter de esperança e amor ao personagem como poucos conseguiriam.
            Mas o que poucos sabem é que, para estar ali, naquele ano de 1966, interpretando uma personagem principal de um grande filme, Sidney Poitier teve de percorrer um caminho árduo, cheio de barreiras, aonde teve de enfrentar obviamente o maior entrave da época: o preconceito racial.

            Nascido em 20 de fevereiro de 1927 em Miami, Estados Unidos, Poitier ingressou no Cinema no inicio dos anos 1950, quando passa a participar de películas de pequeno orçamento, com papeis de pouco destaque. Mas prontamente seu talento será reconhecido: no final dos anos 1950, o ator passa a ser chamado para participar de películas com problemáticas raciais, e nesse sentido, a película “Acorrentados” do ano de 1958, se apresenta como um marco divisor na vida do ator até então com 31 anos de idade.
            Nesta, Poitier atua com o também grande ator Tony Curtis, para dar corpo a um filme que trabalha justamente o choque imposto pelo preconceito racial. Ao retratar a vida de dois fugitivos que estão acorrentados um ao outro, trabalha-se durante todo o filme, um discurso que procura refletir justamente o preconceito em questão.

            Com esse filme, Poitier foi indicado ao Oscar de melhor ator, mas não ganhou. O que não tardaria. Em 1963, Poitier é convidado a participar da película “Uma Voz nas sombras”, onde interpreta um desempregado que passa a trabalhar de graça em uma Igreja, a fim de reparar seus defeitos, morais e arquitetônicos. Com esse filme, Poitier é indicado ao Oscar, e ao ganhar o premio, torna-se o primeiro ator negro a conquistar uma estatueta na História.
            Com certeza Poitier não foi o primeiro grande ator negro. Outros tantos poderiam ter obtido essa honraria, mas as barreiras impostas pelo preconceito acabaram impedindo a concretude dessa questão. Mas Poitier conseguira ultrapassar essas barreiras, simbolizando toda uma luta.
            Dai que, quando Poitier é convidado a interpretar o professor em “Ao Mestre com Carinho”, ele já era um aclamado ator em Hollywood. Suas películas seguintes também se destacam por trazer a tona novamente, questões de ordem racial. Nesse sentido vale-se destacar, entre tantas, duas em especial: “No Calor da Noite” e “Adivinhe quem vem para jantar”, ambas do ano de 1967.

            Na primeira, Poitier interpreta a um detetive que ao investigar um caso, não consegue levar adiante suas investigações, por conta da população racista da cidade que se recusa a prestar informações. No segundo filme, esse de maior destaque, um grande clássico, diga-se de passagem, Poitier interpreta um renomado doutor que se apaixona por uma jovem branca interpretada por Katherine Hepburn. Prontos a se casarem, a jovem o convida então para conhecer sua família em São Francisco, onde, ao chegar, o médico sofrerá todo tipo de preconceito possível por parte dos familiares de sua noiva.

            Enfim, muitas outras películas e atuações de destaque desse grandíssimo ator poderiam ser citadas; após tanto tempo de talento cedido ao mundo do Cinema, Poitier ainda foi aclamado novamente no ano de 2002, quando se tornou o primeiro ator negro a ganhar um Oscar honorário pelo conjunto de sua obra, para o deleite de todo um público, em especial, o também grande ator Denzel Washington, que teve a oportunidade de entregar a seu ídolo, esse premio.
            Um grandíssimo ator de talento inquestionável. Sua aclamação dentro do cenário cinematográfico representa mais do que a vitória solitária de um ser, mas sim a abertura para todo um grupo; Poitier representa de certa forma, uma obstinada busca pela quebra desse ignóbil preconceito que continua a impor barreiras, obstáculos, na vida das pessoas.
            Poitier sabendo vencê-las deu um enorme exemplo. Assim como ele, outros tantos tiveram em quem se mirar. Denzel Washington faz questão de assumir em público essa questão. Amanhã quem sabe outros se inspirarão em Denzel, e sonhemos que um dia, não precisemos necessitar de inspirações, em um mundo marcado por uma igualdade de condições e de não – existência de preconceitos.

Ps: Segue o vídeo em que Denzel Washington entrega o Oscar Honorário pelo conjunto da obra a Sidney Poitier em 2002.

  
Ass: Rafael Costa Prata
Graduando em História pela Universidade Federal de Sergipe
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...