Para
alguns, o maior revolucionário de todos, símbolo da luta contra as injustiças
sociais. Para outros, um torturador cruel, averso aos direitos humanos. Sua
imagem mais famosa, uma fotografia retirada por Alberto Korda em 1960, é talvez
a mais famosa e retratada no mundo ainda hoje, fruto de seu caráter carismático
ainda vivo.
Ernesto
Che Guevara de la Sierna, representante maior da revolução cubana, junto a
Fidel Castro, foi levado as telas do Cinema pelo diretor Steven Soderbergh, em
duas películas entrelaçadas, que juntas descrevem os meandros da atuação deste,
primeiramente na Revolução Cubana, e por fim, sua morte nas matas bolivianas.
O
resultado desta difícil empreitada biográfica, foi belíssimo. Polêmicas a parte
– sim, pois há quem tenha achado a película muito glorificante em torno da
figura de Che – o filme consegue retratar com bastante beleza todo o cenário
político dos anos 1950 aos 1960. As imagens dos debates
realizados na ONU, quando Che rebatia e acusava o Imperialismo Norte –
Americano são de uma reconstrução fabulosa.
De
igual maneira, “Che – o Argentino” (2008) e “Che – Guerrilha” (2008) não deixam
de demonstrar vários traços da personalidade em questão: seu apego a fidelidade
a causa, sua repulsa a traição – e neste ponto se retrata muito bem as
execuções dos traidores nos “paredões das matas cubanas”, e etc.
A
representação das personagens em questão são louváveis. Benício D.Toro como
Che Guevara nos causa uma certa confusão de tão parecido que ficou, tanto
fisicamente como gestualmente. O brasileiro Rodrigo Santoro participa do filme
como Raul Castro.
Por
fim, ambos os filmes são recomendadíssimos para aqueles que procuram entender a força da imagem deste líder controverso, discutido,
construido e reconstruido ainda hoje.
Ass: Rafael Costa Prata
Graduado em História pela Universidade Federal de Sergipe