domingo, 14 de julho de 2013

Assim caminha a humanidade (1956) : um grande clássico anti – intolerância racial

Só pelo elenco escalado, o filme já chama a atenção do público. Poucas películas tiveram a oportunidade de contar com um casting tão estrelado como Giant, esta película, baseada em romance homónimo de Edna Ferber, dirigida por George Stevens em 1956. Elisabeth Taylor, James Dean, Rock Hudson, Denis Hopper...  a escalação de um elenco tão fabuloso acabou por corresponder diretamente ao peso da obra.
            Giant, ou Assim Caminha a Humanidade, foi um verdadeiro épico que marcou seu tempo e  continua tendo validade até os dias atuais. Continua porque os grandes filmes costumam tratar de feridas, questões que o tempo infelizmente não apaga. Em Giant, a grande temática a ser discutida, é a secular intolerância racial.
            Por meio da narração épica de uma grande e tradicional família americana do Texas, a película claramente discute a situação dos imigrantes mexicanos de fronteira, demonstrando a marginalização que aquelas pessoas historicamente foram submetidas. O contraste com a riqueza da família Bick, de grande rebanho de gado, ajuda a demonstrar mais ainda esta questão. Entretanto, o que o filme quer demonstrar é que por detrás da marginalização destes, está um intermitente preconceito racial que faz com que os grandes colonos ou homens de terra não dêem a mínima a situação daqueles.
            O Filme passa a discutir mais profundamente o preconceito racial, quando um dos filhos da grande família retratada, acaba se enamorando de uma jovem mexicana. Todo o preconceito velado – ou não – acaba saindo a vista de todos, e uma serie de conflitos acaba se desencadeando nesta “tradicional família de rancho norte – americana”.           
            Enfim, Giant será sempre um grande filme. Suas quase quatro horas de filme nos leva a uma imersão a história dos Estados Unidos, no que tange aos finais do século XIX e inicio do século XX. A Defesa pelos direitos iguais a todos é a grande tonica deste grande filme que deve ser sempre lembrado, infelizmente não só por sua qualidade, mas porque a tematica em questão parece nunca querer deixar de existir.

Ass: Rafael Costa Prata
Graduado em História pela Universidade Federal de Sergipe

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