Em 1992, a atriz Sharon Stone, “escandalizaria”
os espectadores do Cinema ao mostrar, de forma velada, através de uma "cruzada de pernas fatal" sua parte mais íntima
em uma cena do filme “Instinto Selvagem”, do diretor Paul Verhoeven. O Filme
que não é dos melhores, ao menos acabou se tornando um blockbuster, muito em
parte por conta desta cena que é até hoje é cultuada, como um dos mais ousados
marcos do cinema hoolywoodiano.
Contudo,
nem sempre foi tão fácil inserir cenas sensuais, com ou sem nudez, nas telas do
Cinema. Houve épocas em que essa inserção foi praticamente nula, graças ao
intenso controle de censura que regia as produções cinematográficas, ao menos
no que tange o cinema norte – americano e suas produções. Obviamente que filmes
underground, já se procuravam burlar
estas questões, mas não é este o ponto que nos interessa.
Interessa-nos
os filmes de primeiro plano, produzidos em Hollywood.
Curiosamente,
as primeiras cenas de nudez são bastante precoces. Já em 1916, nos primórdios do cinema
americano, duas atrizes em especial, transgrediram nesse sentido. O Filme Mudo “Daughter of the Gods” chocou o público da
época – e ao mesmo tempo chamou o mesmo que compareceu em massa – ao trazer a
bela atriz Annette Kellerman que no papel de uma bela jovem, aparece em uma das
cenas de forma desnuda. A nudez é poética e em momento algum é possível
enxergar de forma mais intensa, o corpo da atriz, haja vista que com um truque
natural utilizado, suas partes foram inteiramente cobertas por seu longo cabelo.
No mesmo ano, a também
bela atriz June Caprice mostraria seus dotes corporais na película “The ragged
princess”. Curiosamente esta atriz faleceria prematuramente de câncer pouco
depois que um código de leis poria a censura na “nudez” no cinema. Em 1934, nasceu
o famigerado Código Hays que além de censurar a nudez no Cinema, se tornaria
bastante famoso por regular a linguagem, o conteúdo, e todo tipo de questão das
películas americanas.
Criado por uma ala da
associação americana de produtores, a MPAA, o código Hays leva o nome de seu “patrono”,
um dos lideres do partido republicano da época, o político William Hays. De forma
geral, este conjunto de leis passava um pente fino sobre praticamente todas as
películas produzidas. O Alvo não era somente a nudez direta, mas também a
dissimulada, e num grau mais geral, tudo aquilo que para eles correspondia o
risco de corromper a ética, a boa moral da sociedade norte – americana.
Desta maneira, procuravam
combater ao máximo, o uso de álcool, armas, vestidos curtos por mulheres, palavras
de baixo calão, temas e diálogos sensuais, e etc, nas películas.
De forma bastante hábil,
alguns cineastas se consagraram ao conseguirem desviar dessas imposições. Frank
Capra, um grande diretor da época, lançaria no mesmo ano de outorgada o Código
Hays, o grande clássico transgressor romântico “Aconteceu naquela noite”, com
Clark Gable e Claudette Coubert. O Filme que por si só, transgride por
apresentar a saga de uma mulher independente, que foge do casamento importo por
seu pai, e vai viver perigosamente com um
jornalista free lance, foi imortalizado graças a uma cena em especial,
na qual a personagem de Coubert, para atrair uma carona a beira da estrada,
exibe uma de suas pernas, ao levantar seu saiote.
Contudo foi o ousado
diretor Ernst Lubitsch quem mais soube desafiar o bendito Código Hays. Aclamado
Rei das comédias “sensuais”, Lubitsch se consagraria por, através dos seus
filmes, impor nos diálogos, uma sofisticada malicia que de forma subliminar,
contrariava e criticava as imposições do código Hays.
Outro cineasta que soube
subliminarmente contrariar aos interesses do Código Hays foi o mestre do
suspense, Alfred Hitchcock. Com o seu clássico “Festim Diabólico”, de 1948, Hitchcock
leva a tela um suspense psicológico marcado por uma velada situação de homo afetividade
manifestada entre as personagens principais da película, os dois estudantes de
direito que cometem o assassinato ao inicio do mesmo.
Enfim, após tantas
criticas e luta por parte do Cinema Hoolywoodiano, este código acaba sendo
extinto em 1967, quando passa a dar lugar a uma mais sensata e justa
classificação por faixas etárias, modelo utilizado até hoje no Cinema e como
também na Televisão.
Eis
um período de censura que Hollywood procura esquecer... E eram só pernas e cabelos escondendo o corpo!
Ass: Rafael Costa Prata
Graduando em História pela Universidade Federal de Sergipe
Em tempos de sexo mais que explícito no cinema formal, o tal do Willian Hays ia ficar de cabelo em pé se visse as partes baixas de William Dafoe em Anticristo de Lars Von Trier... eu pelo menos fiquei, até hoje povoa meus mais aterradores pesadelos, hehehe!!!!
ResponderExcluirECA !dafoe eh um ótimo ator mas eh também um dos homens mais feios do cinema !
ExcluirVocê falou das atrizes pioneiras na nudez e os atores ! um dos primeiros atores a exibirem sua boa forma foi o astro do cinema mudo buster Keaton no filme the cameraman de 1928 em dois interessantes momentos 1 ele se despindo desajeitadamente numa minuscula cabine , exibindo seu tórax e ficando apenas de cuecas ! 2 por engano ele pega uma roupa de banho imensa e ao tentar dar um salto mortal no trampulim da piscina ele perde perde a roupa !!! eu Revi esse video algumas e digo mais alem de seus lindos e tristes olhos e de ser engraçado carismático e talentoso tinha um traseiro maravilhoso!
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